Ucrânia quer negociação, mas Rússia deu ‘ultimatos’, diz representante ucraniano no Brasil

2 de março de 2022

O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, afirmou nesta quarta-feira (2) que o país está aberto a negociações com a Rússia, mas até agora só recebeu ultimatos.

A guerra na Ucrânia entrou no sétimo dia com o aumento de bombardeios russos. Pelo menos 25 pessoas morreram em Kharkiv.

Segundo ele, os russos exigem uma série de condições para encerrar o conflito, como a retirada de tropas e o compromisso de que a Ucrânia não integrará a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

“Nós estamos abertos a negociações. Mas devem ser negociações e não os ultimatos da parte russa”, afirmou o encarregado.

“Consideramos o que a parte russa levou para as negociações como ultimatos. Baixar as armas, retirar as tropas para dentro do país e aprovar uma decisão de que não vamos mais querer integrar a Otan. É uma rendição que eles estão solicitando”, ressaltou.

Questionado sobre a posição de “neutralidade” do Brasil em relação à guerra, Tkach destacou que “nesse momento não existe a posição neutra”.

Nesta terça, o representante ucraniano disse que não se pode aplicar o conceito da “imparcialidade”, quando se conhece o agressor. Tkach também vem cobrando uma posição mais clara do Brasil em relação ao conflito.

No domingo (28), ele afirmou que Bolsonaro está mal informado sobre os acontecimentos na Ucrânia.

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