Cuidados com trilhas e cachoeiras no período chuvoso garantem segurança a visitantes

26 de outubro de 2025

Previsão do tempo, planejamento e atenção aos sinais da natureza são fundamentais para evitar acidentes; confira todas as dicas do CBMDF

Com o início do período chuvoso, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) reforça o alerta para os cuidados necessários ao visitar trilhas e cachoeiras. Nesta época do ano, o aumento do volume de água nos rios e quedas-d’água eleva o risco de deslizamentos de terra, escorregamentos, quedas e afogamentos.

Planejar o passeio, acompanhar as condições climáticas e observar atentamente o comportamento do ambiente natural são algumas dicas | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Segundo a corporação, a principal forma de evitar acidentes é por meio da prevenção. Planejar o passeio, acompanhar as condições climáticas e observar atentamente o comportamento do ambiente natural são algumas atividades que fazem a diferença na segurança de quem busca lazer em áreas abertas.

Prepare-se

“É importante perceber qualquer alteração no tempo, como nuvens escuras e relâmpagos e observar qualquer mudança no rio ou córrego”

Major Walmir Oliveira, do CBMDF

De acordo com o major Walmir Oliveira, do CBMDF, as ocorrências envolvendo cabeças-d’água são recorrentes no Distrito Federal, principalmente durante o período de chuvas mais intensas. “Esses acidentes ocorrem por causa de enxurradas fortes e repentina, e, infelizmente, é comum registrarmos casos de pessoas levadas pela força da correnteza”, aponta.

“A cabeça-d’água se forma quando a chuva cai na cabeceira do rio e aumenta o volume e a velocidade da água, mesmo a quilômetros de distância do local onde o visitante está; por isso, é importante perceber qualquer alteração no tempo, como nuvens escuras e relâmpagos e observar qualquer mudança no rio ou córrego”, complementa o major.

Aqui no Distrito Federal, entre os pontos que já registraram incidentes estão trechos do Rio Paranoá, próximo da barragem, e córregos nas regiões do P Norte e P Sul. O major Walmir Oliveira destaca que, ao chegar em um local de banho, é essencial observar o nível da água, identificar possíveis rotas de fuga e combinar sinais sonoros de emergência, como o uso de apito.

“É importante estudar o local antes de ir, verificar as orientações do próprio atrativo e, se for um espaço pouco conhecido, pesquisar mapas, riscos e a melhor época para a visita — e, claro, se houver qualquer mudança repentina na previsão do tempo, o mais prudente é adiar o passeio e não se colocar em risco”, reforça o militar.

Veja abaixo os principais cuidados a tomar nas cachoeiras e trilhas durante o tempo chuvoso.

► Em caso de emergência, ligue para 193

►Considere não executar esse tipo de atividade sozinho. Busque pessoas com experiência ou um guia expecializado

►Verifique a previsão do tempo. Evite trilhas e cachoeiras em dias chuvosos

►Prefira trilhas sinalizadas e abertas à visitação

►Utilize calçados e roupas adequadas à atividade e leve sempre uma capa de chuva

►Tenha na bagagem uma lanterna e um apito de boa qualidade para emitir sinais sonoros

►Carregue água e alimento suficiente para o passeio, prevenindo-se para o caso de algum contratempo

►Ao se estabelecer no leito de um curso-d’água, identifique referências para nível (onde a água alcança uma pedra ou árvore), profundidade (onde é possível atravessar andando ou nadando), transparência (se a água está límpida, turva ou barrenta) e velocidade (correnteza forte ou fraca)

►Caso haja mudanças no tempo ou nas condições do local, interrompa imediatamente a atividade e busque um lugar seguro

►Sempre tenha em mente uma rota de fuga

►Evite atravessar riachos com correnteza, mesmo que pareçam rasos

►Durante tempestade, não busque abrigo sob árvores isoladas

►Em caso de chuva com raios, se você estiver em campo aberto, busque o ponto mais baixo do terreno, fora do alcande de enxurradas ou do curso-d’água, e agache-se, mantendo os dois pés juntos, até que os raios cessem ou as nuvens carregadas se afastem.

Por

Thaís Miranda, da Agência Brasília

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